DIA 29. Quinto dia de aventura. Hoje rodámos desde a ilha de
Aspo, a sul de
Karlskrona, até
Vadstena, a cerca de 250 km para norte. Um dia verdadeiramente
Mototurístico, a todos os níveis. Conciliaram-se as estradas fabulosas com a paisagem exuberante e a boa companhia. Com tempo para tudo. Já disse que as estradas eram fabulosas? Não faz mal, digo outra vez que eram, porque eram mesmo...

O
itinerário, esse, foi sugerido pela Sara,
recepcionista do hotel
Aspo Lotstorn AB, em
Aspo. Moça requintada, bonita, estudante
universitária em Estocolmo, numa das melhores universidades de arte da Suécia e, ao que parece, da Europa.

Parece que a Sara quer ser estilista, ao que percebi, quando for grande. Aliás, já fez alguns trabalhos para umas peças de ópera que estiveram em cena em
Vadstena. Os pais são arquitectos e
blá-blá-blá,
blá-blá-blá... Estão a ver o filme? Mas, quem nos deu toda esta informação foi o Sr.
Sven-
Erik Lofgren, quando nos encontrou no
ferry de
Aslo para
Karlskrona. Na verdade, foi até mais dirigida ao Nuno. É... O Sr.
Sven-
Erik, homem experiente, conhecedor da vida, antigo lobo-do-mar, comandante reformado da Marinha Mercante, com olho para a coisa... Estão a ver, não estão? Topou a coisa... Entendeu que a razão pela qual perdemos o
ferry das 10:45 foi a conversa prolongada entre os dois.

Mas olhem que valeu a pena, pois esta nova amiga sugeriu-nos um percurso verdadeiramente
espectacular, assim como o local para pernoitar,
Vadstena. De acordo com as informações recolhidas este trajecto abrange a mais bela autoestrada da Suécia e arredores. E olhem que a Suécia é um país muito grande. Nós por cá, concordámos. Aliás, é
impossível não concordar. Logo que tenha tempo para editar os vídeos, vou publicar o
post. Depois digam-me...

Durante o percurso fiquei com a desconfiança de que o governo Sueco deve promover anualmente o concurso d´
A-Casa-Mais-Bem-Arranjadinha, com um prémio tão desmedidamente elevado, que todos se interessam e empenham. Deve ser...
Incrível! Por todo o lado, casas muito pequeninas, de madeira, jardins prodigiosos, às vezes em pequenos aglomerados, outras vezes isoladas mas todas fortíssimas candidatas a ganharem o concurso.

Durante o
percurso tive um encontro imediato com a peça de artilharia de uma malvada abelha. Ainda por cima, quando tirei o capacete, fiquei com a sensação de que o insecto não tinha perdido o temível ferrão. É que dizem que quando o perdem, morrem... e, já agora, como a dor foi tão intensa, mais valia o arpão ter ficado agarrado às fontes. Não, a sério, era mesmo insuportável. Apenas lembrava a sensação que faz uma ponta afiada de uma faca de cozinha a
escarafunchar 5 mm abaixo da epiderme. Espero que esta produtora de mel e sofrimento não fosse transgénica. O que vale é que passou rápido...

Mais à frente vislumbramos dois
bambis a atravessarem a estrada. Fez-nos lembrar que todos os cuidados são poucos. Mas foi giro. Já estou farto de ver cães e gatos atravessarem a estrada. Nunca tinha visto um
bambi selvagem... dois então...

Numa daquelas paragens
em-busca-do-café-como-deve-de-ser demos com um café à beira da estrada, o Café
Sergel. Sugestivo... Entramos naquela casinha de madeira, pequenina, em pé desde 1906 e conhecemos a
Kristina, rapariga sueca, bonita e simpática, filha de pais
finlandeses,
blá-blá-blá,
blá-blá-blá... Já sabem como é viajar com o João e o Nuno... O café, esse, era
espectacular. Fez lembrar o nosso.

Falta referir que a paisagem magnífica, os bosques, as lagoas, fizeram-me lembrar os Açores, só que em vez de andarmos às voltas, em círculos, íamos sempre
prá frente. Senti-me em casa.
Este
post está a ser mais extenso a pedido de muitas famílias, que me sugeriram não ser tão conciso e sintético, mas quero ir beber um copo antes de me deitar. Falta só mesmo deixar o registo dos últimos quilómetros antes de
Vadstena, vila medieval, em estradas secundárias e
terciárias, atalhos... Vai ficar na memória, pelo menos até hoje, como o melhor dia de
Mototurismo da minha vida. Ah!... o Hotel e o restaurante onde jantámos... hum... nem sei... Peguem mas é nas vossas
motinhas e venham para a Suécia!!... Mas digam qualquer coisa que nós não nos importamos de voltar.
2 comentários:
Deste lado tambem brindamos " A vossa " continuação de boa viagem.
um abraço
Rui Baltazar
Meus Amigos, estou a acompanhar a vossa viagem passo a passo, até vos consigo seguir através de satélite que mandei instalar ontem no telhado da minha habitação eheheheh.
Estou a ver que estão na maior, e fico muito feliz com isso, pois conheço vos e tou mesmo a ver..... as suecas....as filandesas....
Pedro, o relato está do melhor.
Um Grande Abraço para vocês os três, e um beijo para a Carla.
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